Todo conhecimento
jurídico necessita do conceito do direito. Assim, o homem nasce em
uma “circunstância” – o primeiramente dado – e a transforma em “mundo”, um
local em que pode viver. Seu ajuste com o contorno é de ordem intelectual e se
efetua de várias maneiras, com auxílio da filosofia, da religião, da ciência e
da arte. A ciência, em especial, muito contribui para que esse ajuste
possa realizar-se. Investigando, ou seja, observando, percebendo, medindo, o
homem chega a certas generalizações que lhe são indispensáveis para explicar,
predizer e retrodizer (estabelecer, em termos de evidência atual, como deve ter
sido o passado – papel do historiador) os fenômenos, que perdem, assim, o
caráter “caótico” de que se revestem, a um primeiro exame, para se verem “integrados”
em sistema criados precisamente com o objetivo de permitir aquele ajuste
intelectual com o meio.
Nos
estágios iniciais de uma investigação, as descrições e generalizações são
enunciados no vocabulário da linguagem comum. Quando a investigação atinge
estágios mais avançados surgem conceitos mais abstratos e, consequentemente,
termos de um vocabulário técnico. A comunicação jurídica, que é o nosso caso,
exige precisão, clareza, concisão, objetividade e simplicidade.
Como compreender um termo?
Compreendemos
os termos na medida em que compreendemos as sentenças em que eles comparecem.
Isso parece paradoxal, pois a compreensão das sentenças depende da compreensão
das palavras que a integram. Imagine-se que alguém ignore o significado de “solteiro”.
O instrutor poderia explicar que ‘solteiro’ é sinônimo de ‘homem adulto não
casado’. Também poderia, de outro lado, sem mencionar a palavra ‘solteiro’,
dizer que uma pessoa é solteira se e somente se é homem, adulto, não casado, acrescentando,
a seguir, que isso que foi dito é uma verdade apenas em função dos significados
das palavras utilizadas. Aquele alguém viria, então, a compreender, a um só
tempo, o enunciado e o termo ‘solteiro’. Exemplificando de outro modo, para
casos em que não há frases sinônimas satisfatórias, o instrutor poderia dizer
ao aluno que ‘todas as baleias são mamíferos’ é um enunciado verdadeiro apenas
em função dos significados das palavras usadas. Se o aluno conhece o
significado de ‘mamífero’, ele está em condições de entender o enunciado e, ao
mesmo tempo, compreender parte do significado de ‘baleia’. Em casos mais
concretos (e mais reais), o estudante passaria a compreender melhor certas
noções como as de ‘objeto físico’, ‘lugar’, ‘extensão’ se lhe dissessem que
enunciados do tipo: [1) Nenhum objeto físico pode ocupar dois lugares
no mesmo instante; 2) Todos os objetos físicos são extensos; 3) O lugar
ocupado por um objeto físico não pode, no mesmo instante, ser ocupado
por outro objeto físico] são verdadeiros apenas um função dos
significados dos termos presentes. O estudante compreenderia os enunciados e,
ao mesmo tempo, uma parte dos significados daqueles termos. Pode-se dizer que
se compreende um termo quando se sabe que significados ele pode ter –
significados que surgem em decorrência dos usos que dele se pode fazer.
Tipos ou Níveis de Leitura:
• Leitura Elementar - Compreensão básica de vocabulário e frases;
• Leitura por Inspeção=Leitura rápida;
• Leitura Analítica (apropriada ao texto acadêmico) = Leitura completa;
• Leitura Comparativa (apropriada ao texto acadêmico) = Leitura de
várias obras relacionadas
Leitura por Inspeção
Folheamento sistemático (momento para buscar material para o fichamento)
= Leitura superficial
• Problema: Você desconfia que um livro pode ser bom e conter insights
mas tem pouco tempo pouco tempo para análise.
•Objetivos: Descobrir se um livro merece leitura mais profunda, ajuda a
perceber a estrutura do livro.
1. Leia a página de título e o prefácio
• Examine os sub-títulos ou outras indicações do escopo ou objetivos do
livro
Descubra a visão especial que o autor traz ao assunto
2. Estude o índice analítico (Table of Contents):
• Obtenha uma ideia da estrutura do livro
3. Verifique o índice remissivo (no fim)
– Vê os itens que mais aparecem e leia alguns dos trechos citados
4. Leia a propaganda
– A maioria dos autores não resiste à tentação de sumariar o livro na
contra capa;
5. Examine os capítulos principais. Preste mais atenção ao início e ao
fim dos capítulos: eles, frequentemente, contêm sumários da argumentação.
6. Folheie o livro página a página, lendo os parágrafos, aleatoriamente,
a procura de qualquer coisa em destaque: o escritor pode quer ajudá-lo!
– Leia as últimas páginas do livro
Leitura Superficial
• Quantas vezes você desistiu de ler um livro porque era muito difícil?
• Como fazer?
Ao ler um livro difícil pela primeira vez, leia até o fim sem parar para
pensar sobre coisas que você não entende de primeira.
• Por que isso funciona?
– Você tem muito mais chances de entender na segunda leitura do que
tentando entender tudo desde o início.
• A leitura superficial é a essência da leitura por inspeção:
– Corra a vista na primeira leitura de um livro difícil!
– Você estará pronto para ler bem na 2a vez!
– Vá para a leitura analítica:
A Leitura Analítica (esta deve ser adequada ao texto a ser lido)
• Você deve saber que tipo de livro você está lendo e deve sabê-lo antes
de começar a ler
– Livro prático, teórico, científico, história, sociologia, filosofia,
etc.
– Não é tão óbvio às vezes:
• A Arte da Guerra é um livro de História? De Sociologia? De ficção?
– O motivo é que a abordagem da leitura depende do tipo de livro
A Leitura Comparativa
• Após a leitura por Inspeção, você escolhe as obras (ou assuntos) que
interessam na comparação, e então:
1. Localize os trechos relevantes;
2. Construa um vocabulário comum;
3. Defina as perguntas adequadamente;
4. Identifique as respostas diferentes;
5. Análise a discussão (o porquê das respostas e as ligações entre elas).
Leitura Expressiva (exige um mínimo
imaginativo, de ação, de emoção de criação) e Leitura Informativa:
Por exemplo: “[...] A leitura de um poema é
uma ação, ou até mesmo um jogo, que acarreta uma variada gama de peripécias não
só naquele que se dispõe a lê-lo, mas também naqueles que estão próximos e
acompanham essa leitura e observam que a linguagem ressoa diferente do normal e
acontecem coisas diferentes das que acontecem quando se lê ou se observa a
leitura de um livro didático ou de um manual
de informações técnicas,
proveniente de um equipamento qualquer.[...]. Uma leitura que se opõe à leitura informativa, na qual não é
possível destacar quaisquer elementos expressivos, onde os sentimentos não
estão presentes, como é o caso de uma máquina de leitura, a qual apenas
reproduz o que está escrito, mas não expressa nada além disso. [...] Segundo
Crespo, o caráter de excesso provém de se tratar de uma leitura que tem como
condição não a indiferença mas uma ligação sentimental daquele que lê aquilo
que está a ler: a leitura do poema exprime, por oposição à leitura de uma
informação, uma satisfação relativa com o compreender de um certo modo o que se
lê. E é através do conjunto destes acontecimentos expressivos e sentimentais
que o significado particular de uma palavra acontece.
É importante notar que a condição para ser
expresso o significado particular de uma
palavra ou o sentido de um texto qualquer é a necessidade de que a leitura seja adequada, o que Wittgenstein
chama de leitura expressiva. [...]. Na
leitura expressiva é a maneira como
se lê que confere significado à palavra ou ao verso, como no caso do poema, o
qual não é determinado por um sistema de regras, mas surge de modo inesperado
num determinado uso que se faz. Desse modo, a leitura expressiva é um uso que se faz da linguagem, em que a
experiência do leitor é trazida à tona e torna-se pública, sendo compartilhada
e assimilada pelos demais.” (Edimar Inocêncio Brígido – Ensaios entre Filosofia
& Educação, Rio de Janeiro, Multifoco, 2016, 1ª edição, p. 265/267).
A leitura Jurídica pertence à leitura expressiva.
Porque na leitura jurídica, o leitor constrói um sentido ao texto dentro
daquilo que é permitido pela ordem jurídica. Por exemplo: CF, art. 5º, § 2º; LINDB,
art. 5º; CC, art. 185, 186, 187, 188, 475 (Teoria do adimplemento substancial),
927; CP, art. 22/25. Aqui deve haver integração das normas em observância ao
princípio da unidade da ordem jurídica, que quer expressar: embora as normas
jurídicas sejam editadas para fins diversos, elas devem ser harmônicas entre si. E assim dispõe o:
CC, art. 186. “Aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem,
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
CC, art. 188. “Não constituem atos ilícitos:
I – os praticados em legítima defesa ou no
exercício regular de um direito;
II – a deterioração ou destruição da coisa
alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato
será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente
necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
CP, art.
23. - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em
legítima defesa;
III - em
estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Parágrafo
único. O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo
excesso doloso ou culposo.
CP, art.
24. - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de
perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar,
direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era
razoável exigir-se.
1º - Não
pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o
perigo.
2º -
Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá
ser reduzida de um a dois terços.
CP, art.
25. - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de
outrem.
CP, art.
26. - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão,
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento.
CP, art. 27. - Os menores de 18
(dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas
estabelecidas na legislação especial.
O que é Conceito?
Conceito significa definição, concepção
ou caracterização. É a formulação de uma ideia por meio de
palavras ou recursos visuais.
O termo "conceito" tem origem a partir do
latim “conceptus” (do verbo concipere) que
significa "coisa concebida" ou "formada na mente".
O conceito pode ser uma ideia, juízo ou opinião
sobre algo ou alguma coisa. Exemplo: “A discussão começou porque
nós temos conceitos muito diferentes de relacionamento aberto”.
O conceito é aquilo que se concebe no pensamento
sobre algo ou alguém. É a forma de pensar sobre algo, consistindo em um tipo de
apreciação através de uma opinião manifesta, por exemplo, quando se forma um
bom ou mau conceito de alguém. Neste caso, conceito pode
ser sinônimo de reputação.
Também pode ser interpretado como um símbolo
mental, uma noção abstrata contida em cada palavra de uma língua que
corresponde a um conjunto de características comuns a uma classe de seres,
objetos ou entidades abstratas, determinando como as coisas são.
O conceito expressa as qualidades de uma coisa ou
de um objeto, determinando o que este é e o seu significado.
As palavras em várias línguas têm o mesmo
significado porque expressam o mesmo conceito.
Por exemplo, o conceito de gato pode ser expresso
como cat em inglês, chat em francês, gato em
espanhol, gatto em italiano, Katze em alemão,
etc.
Em Filosofia, consiste em uma representação
mental e linguística de um objeto concreto ou abstrato, significando para a
mente o próprio objeto no processo de identificação, classificação e descrição
do mesmo.
Quando contemplado como essência, um conceito
define a natureza de uma entidade. Para Aristóteles, o conceito era comparado
ao eidos e de acordo com a lógica aristotélica, um conceito é
a forma mais básica de pensamento (em conjunto com o juízo e o raciocínio),
sendo a representação intelectual abstrata de um objeto.
O que é Definição?
Definição é uma explicação clara e concisa
de alguma coisa, é o significado.
Definição é um substantivo feminino. Do latim
“definitione” que significa uma exposição com precisão.
Alta definição
Alta definição são tecnologias que permitem uma
resolução máxima da imagem dos aparelhos eletrônicos, obtida através de telas
de Full HD (Full High Definition – Máxima Alta Definição), LCD (Liquid Crystal
Display – Telas de Cristal Líquido) e telas de Plasma.
O Blu-ray é um formato de disco de 12 cm de
diâmetro, igual ao CD e ao DVD, para vídeos de alta definição e armazenamento
de dados de alta densidade.
Ultra-alta definição
Ultra-alta definição são as novas tecnologias que
apresentam a tela curva para TVs, que prometem aumentar ainda mais o conforto
de se visualizar as imagens do aparelho e que a qualidade das imagens nesse
formato são superiores às tecnologias anteriores.
Definições
ostensivas
Uma palavra é uma ampla classe de coisas ou
eventos físicos, tais como ondas sonoras, marcas de tinta ou marcas de grafite.
Uma palavra particular é empregada inúmeras vezes: admite várias “ocorrências”.
De outro lado, as palavras não são apenas coleções de coisas ou eventos, pois
elas possuem um significado: palavras são símbolos. O significado de uma
palavra não á algo que o homem “descobre”; o significado se associa a uma
palavra por acordo entre os usuários de uma linguagem. Esse acordo se alcança
ao longo de períodos de tempo muito variáveis e pode, também, alterar-se à
medida que a linguagem se desenvolve e se transforma. A palavra possui
significado na medida em que existam convenções que estabeleçam seu
significado. A convenção pode ser apresentada de modo formal ou pode, ao
contrário, resultar do uso. Quando a convenção que governa o emprego de uma
determinada palavra, alcança certo estágio de desenvolvimento, uma definição pode fixar, de maneira
explícita, aquela convenção. A definição não é verdadeira ou falsa – é apropriada
ou não, conforme as convenções estabelecidas. Temos assim: definições nominais,
contextuais e reais.
A definição
essencial do direito é problema supracientífico, constituindo campo próprio
das indagações da ontologia jurídica, que deverá encontrar um conceito que purifique o direito de
notas contingentes, segundo Maria Helena Diniz. Para Lourival Vilanova, a definição que se deve buscar é a real-essencial, que consiste em
desvendar as essências das próprias coisas que a palavra designa. Definir essencialmente um objeto é
explicitar as notas essenciais desse objeto de conhecimento, conforme Fausto E.
Vallado Berrôn. A essência é a soma dos predicados, que, por sua vez,
dividem-se em dois grupos: predicados que convêm à substância, de tal sorte que
se lhe faltasse um deles não seria o que é, e predicados que convém à
substância, mas que ainda que algum deles faltasse, continuaria a ser a
substância o que é. Aqueles primeiros são a essência propriamente dita, porque
se algum deles faltar à substância, ela não seria aquilo que é; e os segundos
são o acidente porque o fato de tê-los, ou não, não impede de modo algum que
seja aquilo que é, segundo Manuel G. Morente.
O que é
significado?
Significado de Significado
Substantivo
masculino. Definição atribuída a um termo, palavra, frase, texto;
acepção. Aquilo que alguma coisa quer dizer; sentido. Relevância que se dá a
algo; valor: sua participação teve muito significado. Importância
representativa atribuída a um sinal ou símbolo.[Linguística]
Forma representativa e mental que se relaciona com a forma linguística; o que o
signo quer significar; a parte do signo linguístico definida pelo conceito;
significação. Etimologia (origem da palavra significado).
Do latim significatus.a.um.
Sinônimos de Significado
Definição de Significado
Classe gramatical: substantivo masculino
Flexão do verbo significar no: particípio
Separação silábica: sig-ni-fi-ca-do
Plural: significados
Flexão do verbo significar no: particípio
Separação silábica: sig-ni-fi-ca-do
Plural: significados
Frases com significados:
Antes, a questão era descobrir se
a vida precisava de ter algum significado
para ser vivida. Agora, ao contrário, ficou evidente que ela será vivida melhor
se não tiver significado.
- Albert Camus.
- Albert Camus.
Quando o casamento parecia a
caminho de se tornar obsoleto, substituído pela coabitação sem nenhum significado maior, chegam os
gays para acabar com essa pouca-vergonha.
- Luis Fernando Veríssimo
- Luis Fernando Veríssimo
Exemplos com a palavra significado
A montagem "A Garota Número
Um", destinada principalmente aos jovens, leva aos palcos boatos, fofocas
e confusões para colocar em discussão o verdadeiro significado de ser famoso. Folha de S.Paulo, 27/06/2009.
Sem compreender muito bem o significado da mensagem, a
francesa convidou 107 mulheres de diferentes profissões para interpretarem as
frases. Folha de S.Paulo, 11/07/2009.
O dirigente atribuiu o aumento de
preços ao significado da decisão,
comparando-a a Brasil x Argentina, disputado no Mineirão, há um ano. Folha de S.Paulo, 10/07/2009.
O que é i.e.:
i.e. é a abreviação de id est, uma expressão latina que
significa "isto é", em português.
Essa abreviação é muito comum em inglês,
existindo ainda outras que também são bastante conhecidas, como e.g. "exempli
gratia", que significa "por exemplo", etc (et cetera),
que é mais conhecido.
Nos séculos XVIII e XIX, escreviam-se esses
termos por extenso, atualmente é mais comum a forma abreviada, e a utilização
de e.g. é muito usada na língua inglesa.
Na língua portuguesa, esta abreviação costuma ser
usada em textos jurídicos ou científicos, principalmente para indicar a
explicação, especificação ou descrição de determinada afirmação que foi feita
antes.
Exemplo: "O processo de
ensino-aprendizagem, quando focado na educação de adultos, precisa levar em
conta uma aprendizagem significativa, que envolve a ação do sujeito, i.e.,
aprendizagem ativa ou autoaprendizagem".
i.e. e e.g.
Ao contrário do i.e., que é usado para
dar explicações ou contextualizações sobre algo que foi dito, o e.g. serve
para dar exemplos sobre determinado assunto ou palavra presente no texto.
Exemplo: "Não esqueça de comprar carnes (e.g. peixe, vaca, porco,
galinha).
Por tratarem-se de abreviação de expressões
latinas, ambas devem ser escritas em itálico.
O que é o Sentido?
Sentido é um termo utilizado para caracterizar o processo
fisiológico de receber e reconhecer sensações e estímulos que são produzidos
através da visão, da audição, do olfato, do tato e do paladar do ser humano.
Este processo fisiológico está relacionado com a
produção de sensações a partir de situações do próprio corpo, estabelecendo um
contato imediato com a realidade e os processos cognitivos, como uma reação aos
estímulos. Um exemplo disso é quando alguém faz cocegas em alguma parte do
corpo. Automaticamente, ele reage de maneira que a gente tenha uma reação de
rir ou de parar aquele movimento.
O sentido
também pode se referir ao entendimento ou razão humana. Trata-se então de um
modo de compreensão de determinado assunto ou do conhecimento empregado a
certas ações. Neste contexto, o sentido está relacionado com o ato de ter um
ponto de vista sobre algo.
Exemplo: "Ana busca compreender o sentido da
vida".O termo sentido também pode caracterizar a concentração ou atenção para determinada atividade executada, além de se relacionar com a ideia de ter um propósito a se alcançar ou a um processo de coerência dos fatos.
Exemplo: “A renúncia do ministro é totalmente sem sentido”.
Na língua portuguesa, a utilização da palavra
sentido é feita de formas variadas. Normalmente ela se refere aquilo que tem
significado em um determinado contexto.
Neste contexto, temos então dois tipos de
sentidos: O sentido conotativo ou
sentido figurado, corresponde a uma interpretação diferente do seu significado
original e o sentido denotativo se refere ao emprego original e literal da
palavra.
O termo também pode se relacionar com o fato de
se dar mais de um significado a uma expressão, palavra ou frase. É o chamado duplo sentido.
Exemplo: “Mulher é igual moeda, ou são caras ou
são coroas".
O sentido também pode ser caracterizado como um
adjetivo utilizado para se referir a quem se ofende ou se magoa com alguma
situação.
Exemplo: “Melissa ficou muito sentida com a sua
atitude”.
A palavra também é utilizada como voz de comando
nas tropas militares para chamar atenção da tropa.
Sentido na Física
No estudo da Física, o sentido é compreendido
como um dos componentes das grandezas vetoriais no estudo sobre o movimento.
Elas precisam, além do valor e da unidade de medida, informar também o sentido
e a direção.
Neste contexto, a direção então é o trajeto
imaginário que um corpo utiliza para sua locomoção e o sentido é o que vai
indicar o lado para qual este corpo irá se locomover.
Noção
preliminar de conhecimento e correlação entre sujeito cognoscente e objeto
cognoscível
Este item é imprescindível para o entendimento e compreensão
da ciência jurídica. Importa nesta ordem preliminar de considerações levantar a
seguinte questão: o que é conhecimento?
Conhecer é
trazer para o sujeito algo que se põe como objeto. “É a operação imanente pela
qual um sujeito pensante se apresenta um objeto” (Goffredo Telles Jr.).
Consiste em levar para a consciência do sujeito cognoscente algo que está fora
dele. É o ato de pensar um objeto, ou seja, de torná-lo presente à
inteligência. O sujeito é aquele que conhece. O termo objeto advém do latim ob e jectum
– aquilo que se põe diante de nós. “Objeto” é tudo aquilo de que se pode dizer
alguma coisa. Ou, como dizem Romero e Pucciarelli: “Do ponto de vista formal,
denomina-se objeto tudo o que é capaz de admitir um predicado qualquer, tudo o
que pode ser sujeito de um juízo. É, pois, a noção mais geral possível, já que
não importa que o mencionado objeto exista ou não: basta que dele se possa
pensar e dizer algo”.
No conhecimento encontram-se frente a frente a
consciência cognoscente e o objeto conhecido. Todo pensamento é apreensão de um
objeto. Pensar é dirigir a atenção da mente para algo. Todo conhecimento
envolve três ingredientes: o “eu” que conhece; a atividade ou ato que se
desprende desse “eu” e o objeto atingido pela atividade desse “eu”. E ao se
relacionar um conhecimento a um sistema de referência, formula-se um juízo, que é o ato mental pelo qual se
afirma ou se nega uma ideia. Impossível é o conhecimento sem esta operação de
enunciar e combinar juízos entre si, uma vez que o conhecimento implica sempre
uma coerência entre os juízos que se enunciam e, além disso, só se poderia
transmitir conhecimentos mediante juízos, segundo Maria Helena Diniz.
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