domingo, 3 de julho de 2016

O Que é Sucesso?

     Para responder a essa questão, Ralph Waldo Emerson escreveu: "Rir muito e com frequência; ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto das crianças; merecer a consideração de críticos honestos e suportar a traição de falsos amigos; apreciar a beleza, encontrar o melhor nos outros; deixar o mundo um pouco melhor, seja por uma saudável criança, um canteiro de jardim ou uma redimida condição social; saber que ao menos uma vida respirou mais fácil porque você viveu. Isto é ter sucesso!"; também, André Mansur Brandão escrevera: "A maior revolução do mundo começa a partir de nossa decisão de ser uma pessoa melhor!". Em Aurora, Nietzsche escrevera, também: "[...] a alma só encontra o que quer.". É muito interessante conhecer a cultura de outros povos. Na China, há pessoas que frequentam um templo budista, seguem a filosofia e os conselhos de Confúcio e, em casa, veneram deuses do xintoísmo. No entanto, se para nós é difícil entender os hábitos espirituais de um amigo chinês, tente imaginar um oriental nas ruas de São Paulo, onde há inúmeras igrejas, com os mais variados nomes. Cada uma tem sua prática particular e doutrinas diferenciadas. Diante da variedade de alternativas, a dúvida cresce no coração de quem busca a verdade e o caminho da ética. Assim, a Aurora de Nietzsche significa o despertar de uma nova moralidade. É a emancipação da razão diante da moral. Um vez que a moralidade não é outra coisa que a obediência aos costumes, de qualquer natureza que estes sejam. Aurora quer romper essa maneira tradicional de agir e de avaliar. Portanto, à medida que o sentido da causalidade aumenta, diminui a extensão do domínio da moralidade. De fato, a compreensão das ligações efetivas da causalidade destrói considerável número de causalidades imaginárias que foram sendo julgadas no decurso dos tempos como fundamentos da moral. O poder liberador da razão tem em si a capacidade de desmistificar significados sociais instituídos pela tradição; o indivíduo, em sua atividade racional, se descobre como criador de novos valores. O indivíduo é capaz, portanto, de romper o elo histórico que une tradição e moralidade, opondo-lhe o binômio razão e afirmação de si. O mundo da tradição é essencialmente aquele em que os valores da autoridade são indiscutíveis. Para reverter essa situação, para conferir à humanidade um renovado status de independência e liberdade, nada mais decisivo que a loucura. Com efeito, num mundo submisso à tradição, ideias novas e divergentes, apreciações e juízos de valor contrário só puderam surgir e se enraizar apresentando-se sob a figura da loucura. "Quase em toda parte, á a loucura que aplaina o caminho da ideia nova, que condena a imposição de um costume, de uma superstição venerada", como diz o próprio Nietzsche. Assim escrevera Ciro Mioranza. São perspectivas válidas e louváveis. Diante disso, por pouco que se tenha avaliado, fácil perceber que o sucesso depende da perspectiva de cada qual, assim como os valores em geral. Não há uma única resposta estanque para o mundo dos valores. Depende de uma complexidade tão grande a resposta como a própria complexidade do homem em si mesmo. Tudo muda, dependendo das circunstâncias do momento, sem que isso implique um caos total. É a dialética ou a eslética da própria vida que dá a isso ensejo. Então cada qual busque o próprio sucesso a seu modo. Vivia as próprias convicções.

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