segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Deus! Essência ou Existência

     Há uma série de perguntas formuladas a respeito de Deus que parece impróprias. Por exemplo, é recorrente a indagação, dentre outras do mesmo tom: você acredita que Deus existe? Há prova da existência de Deus? De fato, essas questões são seguramente mal formuladas. Com efeito, mesmo que de certo modo, seja justificável afirmar que Deus é eterno, infinito, imutável, único, onipotente, onipresente, onisciente, soberanamente justo e bom, ainda assim não é uma ideia completa dos Seus atributos. Assim, que a palavra existência é redutora por que implica matéria, esta implica movimento e que ocupa lugar no espaço. Ora, Deus não é matéria, é eterno e não ocupa lugar no espaço porque se assim fosse seria menor que o espaço. Portanto, Deus não existe, Deus é. Por outro lado, o verbo crer é um verbo fraco porque quem crê, não sabe, tem opinião, enquanto o verbo saber é um verbo forte, quem sabe, sabe e pronto. Nessa linha de pensamento, Carl Gustav Jung indagado teria respondido: "Eu não acredito. Eu sei!" e Dominique Morin teria justificado:"Deus não está nem ao fim de um raciocínio nem ao termo de uma experiência de laboratório. É uma evidência.". Portanto,segundo Innocentius Marie Bochenski a questão não gira em redor da existência de um absoluto, mas em redor de sua natureza e expusera:"Quanto a isto, os filósofos podem ser divididos em duas classes, segundo o método de que se utilizam em 'intucionistas' e 'ilacionistas' em que para os primeiros o infinito não é atingido direta mas indiretamente,em nós mesmos, em nosso próprio ser finito, enquanto que para os segundos, de modo geral, a questão se resolve pelo princípio da concretização, ou seja: a causa pela qual as coisas são como são e não diferentes. Tudo o que é, vem a ser, torna-se e passa a ser tal. Assim, a maçã é verde e se torna madura.". Então, seguramente essa questão enfrenta um problema dos limites da nossa linguagem.

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