sábado, 5 de dezembro de 2015

Epicuro: O Filósofo da Alegria

     Se é lícito entender que a Ética é a busca, o estudo, a pesquisa pelo conhecimento do meio adequado para atingir a meta em plena liberdade e esse é o meu conceito. Também será possível supor que Epicuro trilhou essa estrada pelo viés da Alegria.
     Reinholdo Aloysio Ullmann, sob o título acima, como resultado da própria pesquisa, fixara: "Epicuro nasceu, no ano 341 a.C., em Samos, e não em Atenas, como alguns autores consignam. Morreu em Atenas, em 270 a.C. Parte de sua juventude passou-a na terra natal, onde se familiarizou com o pensamento de Platão (427-347 a.C.). Iniciou seus estudos de filosofia aos treze anos de idade e sempre a teve em grande conta, segundo depreendemos de suas palavras: "Ninguém, quando jovem, deixe de filosofar nem, quando velho, se canse filosofando. Pois ninguém é jovem demais nem demasiado velho, para fazer algo em favor de sua saúde espiritual. Quem julgasse ser muito cedo ou nimiamente tarde para dedicar-se à filosofia, seria semelhante àquele que afirma que a hora exata de sua felicidade ainda não chegou ou que já se escoou. Portanto, a filosofia cabe tanto ao jovem quando ao velho" (Carta a Meneceu). Avaliando o trabalho de desse autor, o Professor Thadeu Weber escrevera: "Trata-se de uma obra de grande atualidade e que vem preencher uma lacuna, existente nos manuais de história da filosofia. Sua leitura é muito agradável e de um extremo rigor científico. Caracteriza o contexto histórico de Epicuro e, com objetividade, desmistifica equívocos cometidos através da história, quanto a interpretações errôneas das atividades do 'mestre do Jardim' e de suas comunidades. Chama a atenção para importantes repercussões do epicurismo na atualidade. Ullmann desenvolve os aspectos centrais do pensamento de Epicuro em três partes: Canônica, Física e Ética. A Ética é o tema central para o qual converge toda a doutrina de Epicuro, segundo o autor. Trata, essencialmente, da questão do 'prazer'. Tem como objetivo fundamental tornar os homens felizes, através do afastamento de todo temor, dentro do assim chamado 'quadrifármaco'. A felicidade e a alegria são também temas amplamente desenvolvidos. Oportunas colocações faz o autor, quando evidencia a influência de Epicuro na história. Discute interpretações, tendências, repercussões e corrige equívocos. Mostra a atualidade da filosofia do prazer e da alegria, no sentido de ser um ideal de vida proposto por Epicuro.". Também, o Professor Jayme Paviani o avalia no mesmo sentido: "A obra de R. A. ULLMANN - Epicuro, o Filósofo da alegria -, é uma exposição erudita, sistemática e especializada do pensamento epicurista a partir de suas origens clássicas, isto é, do filósofo de Samos, nascido no ano 341 a.C. Além de rica em informações, a obra elucida temas polêmicos até hoje. Com sua publicação, a bibliografia filosófica ganha qualidade especialmente sob o aspecto acadêmico-pedagógico. Abre no-vos horizontes históricos para uma melhor compreensão do comportamento moral e filosófico do homem ocidental. A releitura feita pelo Prof. ULLMANN das idéias de Epicuro, realizada com discernimento crítico, enriquece os conhecimentos e contribui no sentido de refletir sobre a experiência do homem nesses mais de 2.000 anos que nos separam e ligam às raízes de nossa cultura". E o Prof. Urbano Zilles sintetiza: "Em suma, a releitura de Epicuro, feita por Ullmann, representa uma contribuição real e original para o estudo dos grandes problemas humanos hoje.".
     Com isso damos por encerrada a breve apresentação do livro. Também entendemos ter instigado o leitor na busca de maiores subsídios sobre o pensamento de Epicuro, além de termos apresentado uma provocação para o estudo, a busca, a pesquisa em torno do prazer. Entendemos ser a felicidade a consciência de si mesmo (algo interior: potências e limites) e o prazer ser aquilo relacionado ao conforto das coisas materiais (algo exterior), cujo equilíbrio na busca e na prática de ambos ser o ideal para uma vida boa.
 

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