quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Deus, os animais e a gratidão

     1º) "Aqueles que esperam, se apoiam, confiam, contam com o Senhor renovam suas forças; sobem com asas como águia. Correm e não se cansam, caminham e não se fatigam." (Isaías 40:31); 2º) "Ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos." (Mateus 5, 43-48); 3º) "formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente" (Gênesis 2:7). Logo, o conceito de alma é o homem vivo.
     Com base nessas premissas é possível compreender que Deus é um nome, (""O nome "Deus" parece derivar do grego "Théos", o qual por sua vez vem de "Théastai", que significa ver, considerar" - Santo Tomás), por sinal, inefável! Não é uma entidade. É Essência. É imanência: "Ele está no meio de nós." É uma substância amorfa, viva e inteligente de onde tudo - tudo mesmo -, nasce ou se origina. É Creação: fundamento do fundamento. E o homem é uma entidade, um ser dentre todos os demais animais. Assim como a indagação "Que é Deus? Há a indagação: Homem quem é Ele? Desse modo é que Battista Mondin (O Homem. Quem é Ele? - Elementos de Antropologia Filosófica), para este ser, mediante reflexão, fixara: "A expressão "homo somaticus", hoje, é um tanto quanto rara; era, no entanto, comum nos tempos de São Paulo e Filão Alexandrino. Esses e outros autores daquele período distinguem no homem dois elementos: um psíquico e outro somático, sendo que um diz respeito à alma, o outro ao corpo. Nós nos serviremos das expressões "homo sapiens", "homo religiosus", etc., para denominar as dimensões da vida, do conhecimento, da religiosidade, etc. Por consequência, nos valeremos da expressão "homo somaticus" para identificar a dimensão corpórea do homem. Existe uma reflexão filosófica sobre o corpo humano em quase toda parte da história do pensamento. [...] O corpo é obviamente uma realidade física, material. Significa isso, porventura, que o método acertado para o seu estudo é o experimental, que é propriamente o método de que se vale o cientista no estudo das coisas materiais? [...] Portanto, pode efetuar-se uma dupla investigação sobre o corpo, científica e fenomenológica. Nós, naturalmente, nos dedicaremos neste estudo à segunda, sem, no entanto, ignorar totalmente a primeira, a qual, embora não podendo dar-nos uma resposta conclusiva com relação ao problema da somaticidade humana, pode, por outro lado, fornecer-nos informações importantes e significativas. Por isso, antes de procedermos à análise filosófica da corporalidade humana, interroguemos a ciência para que ela diga o que é este complexo físico tão importante que é o corpo humano e como ele se distingue do de outros animais.". Por causa disso - do homem e dos outros animais -, tem-se que, talvez apenas o homem cultive ou deva cultivar a gratidão e qual a importância dela. Neste viés, segundo Wallace Delois Wattles (1860-1911), em livro dedicado aos professores, "pois eles têm nas mãos o nosso futuro, as crianças", anotara: "O homem pode alcançar harmonia completa com a Substância Informe, conservando uma gratidão viva e sincera pelas bênçãos que lhe concede. A gratidão faz com que a mente do homem se una à inteligência da Substância, de modo que os pensamentos dele sejam recebidos pela Informe. O homem só pode se manter no plano criativo unido-se à Inteligência Informe por meio de um sentimento profundo e constante de gratidão. O homem deve formar uma imagem clara e precisa das coisas que deseja ter, fazer ou ser, e deve manter essa imagem em seu pensamento, sendo ao mesmo tempo profundamente agradecido ao Supremo pela realização de todos os seus desejos. [...] É extremamente importante a contemplação da imagem mental, aliada à fé inabalável e à gratidão sincera. Este é o processo pelo qual a imagem é enviada à Informe, e que ativa as forças criativas. A energia criativa funciona por meio dos canais estabelecidos do crescimento natural e da ordem industrial e social. Tudo o que está incluído nessa imagem mental certamente será trazido para o homem que segue as instruções e cuja fé jamais vacila. O que ele deseja será dado por intermédio da indústria e do comércio.". E nesse tipo de pesquisa, deixou assentado Huberto Rohden (Deus. Colóquio com o grande anônimo de mil nomes sobre as angústias do homem e os enigmas do universo): "A substituição da tradicional palavra latina crear neologismo moderno criar é aceitável em nível de cultura primária, porque favorece a alfabetização e dispensa esforço mental - mas não é aceitável em nível de cultura superior, porque deturpa o pensamento. Crear é a manifestação da Essência em forma de existência - criar é a transição de uma existência para outra existência. O Poder Infinito é o creador do Universo - um fazendeiro é um criador de gado. Há entre os homens gênios creadores, embora não sejam talvez criadores. A conhecida lei de Lavoisier dis que "na natureza nada se crea, nada se aniquila, tudo se transforma", se grafarmos "nada se crea", esta lei está correta, mas se escrevermos "nada se cria", ela resulta totalmente falsa. Por isso, preferimos a verdade e clareza do pensamento a quaisquer convenções acadêmicas.". Disso tudo e por causa disso, quando se faz a compreensão de "Está no meio de nós", tudo fica mais confortável. Assim é  possível adotar uma visão, dentre tantas possíveis e legítimas até, que o importante é a harmonia com essa Substância Informe, Amorfa e Inteligente, com destaque na sintonia, conexão e sincronicidade. Até a Física nos ajuda nisso.

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