terça-feira, 24 de setembro de 2013

Setembro e o Sete

      Percebe-se que muitos brasileiros estão buscando resgatar importantes valores, o que é salutar. Daí ser oportuno compartilhar dessa linha de ação e nada melhor começar pela Pátria em o mês de setembro e o dia sete são os marcos do acontecimento político - a Independência do Brasil - de significado ímpar para nós.

          Do latim 'pátria', com o mesmo sentido. É o país em que nascemos, isto é, ao qual estamos presos pelas raízes mais profundas de nosso ser. Acrescenta porém a noção de país um forte potencial emocional e evocativo porque enfatiza mais a ideia de continuidade histórica de um povo, garantida pela sucessão das gerações e a ideia de um patrimônio comum de ideias, aspirações, símbolos, linguagem, valores herdados de nossos antepassados, que deve ser conservado, enriquecido para ser transmitido aos filhos de nossos filhos. A Pátria é um bem primeiro fundamental, cujo valor só apreciamos devidamente quando somos dele privados. 

         Já que estamos tratando de resgatar, nada mais oportuno resgatar, junto com o Sete de Setembro, a memória de Rui Barbosa, prestando-lhe homenagens com a transcrição de suas palavras: "A Pátria não é ninguém, são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação. A Pátria não é um sistema, nem um monopólio, nem uma forma de governo: é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade. Os que a servem são os que não invejam, os que não conspiram, os que não sublevam, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acobardam, mas resistem, mas ensinam, mas esforçam, mas pacificam, mas discutem, mas praticam a justiça, a admiração, o entusiasmo. Porque todos os sentimentos grandes são benignos e residem originariamente no amor.".

         Assim, como bem notado por Rui, em diversas manifestações, o verdadeiro patriotismo não se deve reduzir a uma simples emoção sentimental, nem ser confundido com o nacionalismo. Ao contrário, como todo amor autêntico, deve exprimir-se em obras, principalmente no cumprimento dos deveres cívicos e na solidariedade com os compatriotas.

          
     

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