quinta-feira, 19 de março de 2015

Conflito entre método científico e conceitual da arte

     Hans Georg Flickinger (É professor emérito da Universidade de Kassel. Ele iniciou sua carreira acadêmica na Universidade de Heidelberg, em 1971 e assumiu em 1977 a vaga como professor titular de Direito Administrativo e Filosofia Política na Universidade de Kassel. De 1982 até 1992 foi também professor visitante da UFRGS, e foi convidado em 1993 a trabalhar nos Programas de Pós-Graduação de Filosofia e Serviço Social da PUCRS. Em 2009 aposentou-se na Universidade de Kassel. Ele continua ativo, apoiando a cooperação entre a Universidade de Kassel e universidades do Sul do Brasil. Suas pesquisas concentram-se na filosofia política, hermenêutica, estética e, recentemente, na filosofia da educação. Sua obra é imensa, com vários títulos publicados Fonte: Cadernos IHU, ano 12, nº 217, v. 12, 2014, ISSN 1679-0316), resume, sob o título "A Arte da Ciência e a Ciência da Arte", que: "A tese da inferioridade das artes quanto à criação do saber verdadeiro vale apenas para as artes comprometidas com o ideal do belo. No momento em que as artes se rebelam contra esse ideal e, portanto, contra a tutela exercida pela teoria, elas abrem um campo inédito de experiências. Essa mudança radical atingiu também as Teorias de arte que ao tentar impor sua conceituação científica às artes, passaram a ameaçar estreitar nosso acesso à experiência estética e suprimir o fascínio desafiador que dela emana. Reconhecer a experiência estética como campo de produção autêntica do saber, ou submeter de novo as artes ao conceito, do qual elas se vêm tentando libertar em processo penoso - eis o conflito que marca as discussões recentes em torno ao arsenal metódico das Teorias de arte. Não surpreende, portanto, que Feyerabend refletisse sobre a relação entre ciência e arte como áreas de produção do saber, à primeira vista, incompatíveis. Crítico da Teoria da Ciência e íntimo conhecedor das ciências teatrais, ele tinha plena consciência de que, se aceitasse seguir os critérios da cientificidade, qualquer produção artística estaria negando a autenticidade da experiência estética.".
     A ideia de divulgação desse texto veio a propósito do programa divulgado (www.manoleeducaçao.com.br/direitoarte) a ser realizado. Consta desse programa: "DIREITO E ARTE: Direito espetáculo e arte entretenimento como um desafio do século XXI. O que o direito tem a ver com a arte? O que a arte tem a ver com o direito? Direito é razão? Emoção? Sentimento? A aproximação entre entre os fenômenos sociais da arte e do direito, que instauram a conformam as civilizações, é um método de estudo comparativo ou se trata de uma realidade comum? A arte nos ensina algo sobre o direito ou o próprio direito é arte? Arte-julgamento ou arte-entretenimento? Direito-ars boni et aequi ou direito espetáculo?". Fico feliz em poder divulgar esse evento, bem o resumo do trabalho do Professor Hans Georg Flickinger, cuja sincronia até emociona. Vale a pena conferir.

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